A nova "escultura em movimento" de Frank Gehry em Paris

  • há 10 anos
Será uma escultura, uma obra de arte ou arquitetura pura e dura? O arquiteto Frank Gehry prefere não entrar em polémicas quando se refere ao novo edifício da Fundação Louis Vuitton que acaba de abrir as portas em Paris.

Foram precisos seis anos para pôr a estrutura de pé. Para desenhar o edifício, o arquiteto americano-canadiano inspirou-se na ideia de movimento.

“Tivemos de fazer um edifício em vidro efémero o que depois se tornou num navio, numa regata. Era importante que houvesse um movimento lento através do Bois de Boulogne que refletisse as árvores e o jardim”, sublinhou Frank Gehry.

O custo total do edifício ronda os cem milhões de euros. A obra foi financiada pelo bilionário francês Bernard Arnault, dono do um dos maiores impérios do luxo, o grupo LVMH que entre outras marcas detém a Louis Vuitton.

“Gostei da ideia de uma fachada viva que mudasse não apenas com a luz e com as sombras mas que tivesse também a capacidade de se iluminar de forma diferente e divertida e convidámos artistas a trabalharem nessa fachada”, contou Gehry.

O arquiteto de 85 anos rejeita as polémicas em torno da sua obra considerada por alguns como mais escultural do que arquitetónica.

“Sou um arquiteto e não tenho a pretensão de fazer esculturas. A linha que separa a arquitetura da escultura no mundo de hoje tornou-se bastante definida. Por isso não quero discutir com as pessoas sobre essa definição. No fundo, a beleza está nos olhos de quem olha, pode chamar-lhe o que quiser”, disse o arquiteto.

A obra servirá para albergar exposições e possui um auditório para concertos. A Fundação Louis Vuitton em Paris abre as portas ao público a 27 de outubro.

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